A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) se posiciona contra a proposta de reduzir a jornada de trabalho para quatro dias por semana, atualmente em análise.
Apesar de entendermos a importância de buscar melhorias para os trabalhadores e de adaptar o mercado às novas demandas da sociedade, é fundamental considerar as consequências dessa mudança. Reduzir a jornada de trabalho sem diminuir os salários aumentará os custos das empresas, que já enfrentam altos encargos trabalhistas e impostos.
Esse aumento de despesas pode levar muitas empresas a tomar medidas difíceis, como reduzir o número de funcionários, contratar menos pessoas, diminuir salários de novos trabalhadores ou até fechar em determinados dias. Tudo isso prejudica o desempenho das empresas, pode aumentar os preços para o consumidor e, em vez de criar mais empregos, pode acabar causando demissões, principalmente em setores que dependem de muita mão de obra.
Além disso, atividades comerciais e de serviços precisam de flexibilidade para atender seus clientes, o que seria comprometido com a redução dos dias de trabalho. Isso pode afetar a qualidade do atendimento e a capacidade das empresas de competir no mercado.
A CNC acredita que mudanças na jornada de trabalho devem ser discutidas diretamente entre trabalhadores e empresas, levando em conta as particularidades de cada setor. Uma regra geral pode trazer mais problemas do que soluções.
Estamos comprometidos com a criação de empregos e o fortalecimento do setor produtivo. Por isso, defendemos que qualquer mudança nas leis trabalhistas seja amplamente debatida e que seus impactos, tanto econômicos quanto sociais, sejam cuidadosamente analisados.
Por fim, pedimos aos parlamentares que reavaliem essa proposta e busquem alternativas que equilibrem o desenvolvimento econômico, a proteção dos empregos e o bem-estar dos trabalhadores, sem prejudicar as empresas nem desestabilizar o mercado de trabalho no Brasil.
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)